Track 1.
Lenda Viva
Adaptação: Boa Voz

Mandei caiá meu sobrado
Mandei, mandei, mandei
Mandei caiá de amarelo
Caiei, caiei, caiei
Amarelo que lembra dourado
Dourado que é meu berimbau
Dourado, de Cordão de Ouro
Besouro, Besouro, Besouro
Pra quem nunca ouviu falar
Pra aqueles que dizem que é lenda
Pois saibam que Besouro Preto
Viveu, viveu, morreu

Track 2.
Eu já vivo enjoado
Autor: Domínio Público

Eu já vivo enjoado
De viver aqui na terra
O mamae eu vou pra lua
Falei com minha mulher
Ela então me respondeu
Nos vamos se Deus quiser
Vamos fazer um ranchinho
Todo cheio de sapé
Amanhã as sete horas
Nos vamos tomar café

Track 1.
Senhor do Engenho
Autor:

Iê,
O Senhor do Engenho
é de Maragé
O Senhor do Engenho
é de Maragé
Ele perdeu seu cavalo, meu moço
E ficou a pé
Ele perdeu seu cavalo, meu moço
E ficou a pé
Capoeira de Angola
Chegou na Bahia
Capoeira de Angola
Chegou na Bahia

Foi a ultima fez, a ultima fez
que o gunga chorava
Foi a ultima fez, a ultima fez
que o gunga chorava
Chorava de dor ê ê, chorava
Chorava de dor ê ê, chorava

Seu Pastinha ê ê ê,
Seu Pastinha a a a
Foi pro Aruandê, Aruandê, Aruanda

Pastinha foi se embora,
pro reino da gloria, viajou
Pastinha foi embora,
pro reino da gloria, viajou
E lá na terra Dona Romelia ficou
E lá na terra Dona Romelia ficou

Seu Pastinha ê ê ê,
Seu Pastinha a a a
Foi pro Aruandê, Aruandê, Aruanda

Mas saiu desta terra
com um sorriso meu senhor,
Mas saiu dessa terra
com um sorriso meu senhor
Pois a saudade
dos seus companheiros acabou,
Pois a saudade
dos seus companheiros acabou

Seu Pastinha ê ê ê,
Seu Pastinha a a a
Foi pro Aruandê, Aruandê, Aruanda

Se eu vou jogar
numa maneira diferente,
é minha gente,
que o gunga me faz lembrar
De um caminho,
que o mestre ensinou,
Que na capoeira,
ninguém colhe sem plantar

Seu Pastinha ê ê ê,
Seu Pastinha a a a
Foi pro Aruandê, Aruandê, Aruanda

Se eu vou jogar
numa maneira diferente,
é minha gente,
que o gunga me faz lembrar
De um caminho,
que a vida me ensinou,
Que na capoeira,
ninguém colhe sem plantar

Seu Pastinha ê ê ê,
Seu Pastinha a a a
Foi pro Aruandê, Aruandê, Aruanda

Vai demanha pra feira, assim dizia Sinha
Assim dizia Sinha, sinhazinha
que é pra eu poder cozinhar

Falta azeite de dendê
E até pro fogo falta a lenha
E a caixa de fosforo se perdeu
Nas rodas de samba da Penha

Vai demanha pra feira, assim dizia Sinha
Assim dizia Sinha, sinhazinha
que é pra eu poder cozinhar

Separe todos temperos
Sabendo o que faz na mistura
Moqueca de arraia bem pimentada
Perde o sabor da arraia pura

Vai demanha pra feira, assim dizia Sinha
Assim dizia Sinha, sinhazinha
que é pra eu poder cozinhar

Minha viola, na beira do mar fui tocar
Minha viola, me ajudou a viajar

Foi numa sexta-feira
Que eu buscei a natureza
Pois a sua beleza
Inspira
Igual a batteria
Pra quem for jogar

Minha viola, na beira do mar fui tocar
Minha viola, me ajudou a viajar

Vejo o rolê
Olhando pras ondas do mar
A cadência da ginga
Na grama quem tem lá

Minha viola, na beira do mar fui tocar
Minha viola, me ajudou a viajar

E vejo o sol descer
E penso em tudo que passou
Me imagino que aqui
Um negro escravo já andou
Com saudade tocando viola
Um som que até hoje ficou

Minha viola, na beira do mar fui tocar
Minha viola, me ajudou a viajar

E eu fui viajar
Pra rodas do seu Bimba
A academia de Pastinha
E o barracão do Waldemar
O Quilombo dos Palmares
A turma do Besouro Mangangá

Minha viola, na beira do mar fui tocar
Minha viola, me ajudou a viajar

Quem falou, quem dizia,
que a capoeira, não tem poesia

Foi tanto tempo que passou,
que até parece outra vida
Que os velhos mandingueiros
tocavam o seus berimbaus
Sabedoria de doutor, vivência em poesia
Improviso com sentido, palpitando o coração

Quem falou, quem dizia,
que a capoeira, não tem poesia

As estórias de outrora contado por ancestrais
literatura de cordel, o tumulto lá nos cais
Tudo isto virou fonte para adotar no canto
inspiração de amor e banzo,
Coisas que eu esqueço jamais

Quem falou, quem dizia,
que a capoeira, não tem poesia

Formiga que quer ser perder cria asas e avoa
Assim o seu Bimba dizia no seu jeito sem igual
Agradeço o pioneiro enfrentando temptestades
Criando novos liberdades, seguindo seu coração

Quem falou, quem dizia,
que a capoeira, não tem poesia

Quem falou, quem dizia,
que a capoeira, não tem poesia

Faca na mão do menino é cacumbu
Enquanto Deus tiver nesta terra
quem come folha, não é urubu
é do seu Espinho Remoso:
Pescador cuida da linha
O viajante conhece a estrada,
seu Paulo dos Anjos dizia

Quem falou, quem dizia,
que a capoeira, não tem poesia

Sergipe não tem bóbo não,
o mais bóbo faz avião
Procura o pinto se quer saber do gavião
Pau rola pra quem vê,
neste mundo enganador
Passar bons fundamentos
é o valor do cantador

Quem falou, quem dizia,
que a capoeira, não tem poesia

Lua nova, numa maneira me faz lembrar a a a
da senzala, quando nego tentava escapar

Ouço a ecooa na escuridao
Da batida forte do meu coração
Vento se levanta
trazendo lembranças
trazendo saudades
mexendo emoção

Lua nova, numa maneira me faz lembrar a a a
da senzala, quando nego tentava escapar

E nego
depois mais um dia
que ele sofria
ao descansar
Olhava pro céu rezando
e imaginando as coisas melhorar

Lua nova, numa maneira me faz lembrar a a a
da senzala, quando nego tentava escapar

Lua nova, numa maneira me faz lembrar a a a
da senzala, quando nego tentava escapar

E levantando minha cabeça
Olhando pras estrelas ao lado da lua
Sempre eles estão presente
Seja no mar ou andando na rua
A lua nova quando é bem novinha
Me faz lembrar da verga de um gunga
Que o negro tocava chorando
tentando esquecer da sua vida dura

Lua nova, numa maneira me faz lembrar a a a
da senzala, quando nego tentava escapar

Oi, sim, sim, sim
Oi não, não, não

Oi, sim, sim, sim
Oi não, não, não

Oi, sim, sim, sim
Oi não, não, não

Oi, sim, sim, sim
Oi não, não, não

Mas hoje tem amanhã não
Mas hoje tem amanhã não

Oi, sim, sim, sim
Oi não, não, não

Oa, oa i
Já bati, quero ver cair

Oa, oa i

Santo Antônio é pequenino

Oa, oa i

Amansador de burro brabo

Oa, oa i

Amansa este menino

Oa, oa i

Com setenta e mil diabos

ê Paraná
Paraná é terra boa

ê Paraná

Terra boa pra morar

ê Paraná

Lá no céu tem três estrelas

ê Paraná

Todas três estão a brilhar

ê Paraná

Vou me embora desta terra

ê Paraná

Como eu já disse que vou

ê Paraná

Eu aqui não sou querido

ê Paraná

Besouro pode ser preto
E até saber voar,
Só me arrepia quando é
do tronco do Mangangá

êê êê Mangangá
êê êê Mangangá

êê êê Mangangá
êê êê Mangangá

Besouro de Santo Amaro
êê êê Mangangá

Por sempre sera lembrado
êê êê Mangangá

Morreu jovem, foi temido
êê êê Mangangá

Amansador de burro brabo
êê êê Mangangá

Lelelelelelelele
êê êê Mangangá

Lelelelelelelaia
êê êê Mangangá

Besouro Preto e Gazo
êê êê Mangangá

Os dois eram valentão
êê êê Mangangá

Seu Waldemar conheceu o Gazo
êê êê Mangangá

Manganga conheceu não
êê êê Mangangá

Lelelelelelelele
êê êê Mangangá

Lelelelelelelaia
êê êê Mangangá

Quem não tem casa de tucum
êê êê Mangangá

Não provoca Mangangá
êê êê Mangangá

Mesmo se tiver defesa
êê êê Mangangá

Mangangá vai derrubar
êê êê Mangangá

Lelelelelelelele
êê êê Mangangá

Lelelelelelelaia
êê êê Mangangá